O que leva um caçador de tartarugas a se tornar um conservacionista marinho?

Os esforços da Fauna e Flora, Fundação Príncipe, Oikos e MARAPA têm-se concentrado na recolha de dados holísticos sobre a atividade piscatória, a biodiversidade marinha, as atitudes para a conservação e o bem-estar da comunidade.

 Lindo nasceu e cresceu na ilha do Príncipe - desde os dez anos de idade passava os dias a pescar. Já adulto trabalhou como pescador de lanças e complementou o seu rendimento com a caça e venda de tartarugas marinhas.

Mas, em 2007, tudo mudou quando surgiu um projeto para proteger as tartarugas do Príncipe. A caça furtiva de tartarugas foi proibida e os vendedores de artesanato de casco de tartaruga foram compensados, mas nenhum apoio foi dado aos pescadores de lança.

Sem se intimidar, o responsável por este projecto trabalhou com os pescadores para capturar as tartarugas, marcá-las, coletar amostras e liberá-las, pagando aos pescadores pelo seu trabalho. O valor de uma tartaruga viva logo superou em muito o valor de uma tartaruga morta.

Lindo inspirou-se para se juntar a um projeto de conservação de tartarugas com a ONG local, a Fundação Príncipe. Desde então, expandiu as suas competências e desempenha um papel fundamental no apoio a um projeto que aborda os fatores impulsionadores da perda de biodiversidade marinha, no estabelecimento de Áreas Marinhas Protegidas.

Trabalhando lado a lado com as comunidades piscatórias particularmente pescadores e comerciantes de peixe – Lindo está garantindo a participação na tomada de decisões e gestão de recursos, e ajudando a diversificar as opções de subsistência.

Fundação Príncipe