O PROTETUGA tem atuado na ilha do Príncipe desde 2015, tem trabalhado em conjunto com autoridades regionais e com uma vasta comunidade local e internacional. O projeto visa melhorar o estado de conservação das tartarugas marinhas e tornar o Príncipe num santuário para as cinco espécies que frequentam as nossas águas.

Com a missão de integrar as comunidades locais na proteção e conservação das tartarugas, fazendo-as compreender que há mais benefícios em protegê-las e conservá-las, conseguindo que todos contribuam para que as praias e as águas do Príncipe sejam locais seguros para estas espécies. Para alcançar os objetivos, as ações se desenvolvem em três linhas de atuação – Proteção e monitorização, Educação aliada à sensibilização e Investigação científica.

 
Joana Castro © Fundação Príncipe

Joana Castro © Fundação Príncipe


Contexto:

Diversas ameaças têm afetado a estabilidade e o crescimento das populações de tartarugas marinhas, levando assim à perda direta de exemplares adultos e juvenis pela caça ilegal ainda existente, pelo plástico que tem invadido as águas e praias da região, pelos predadores inseridos pelo ser humano nas áreas de nidificação (cães, lagaias), pelas redes de pesca abandonadas em alto mar e na região costeira, e também pela erosão costeira devido à extração ilegal de areia nas praias.

Apesar de alguns sucessos na conservação destas espécies, como a redução da caça através da implementação das Leis Nacionais e Regionais, além da visível consciencialização e sensibilização das comunidades locais, ainda há muito por fazer para tornar a Ilha do Príncipe um santuário para as tartarugas marinhas.

Há alguns anos o Governo Regional da ilha do Príncipe vem unindo esforços com diversas organizações não governamentais (ONGs) para a proteção das tartarugas marinhas.

Estas espécies são consideradas importantes componentes para os ecossistemas marinhos e, apesar de existirem muitos trabalhos mundiais em torno destes animais, o conhecimento sobre os aspetos biológicos como a sua distribuição, áreas de alimentação e áreas de descanso e de nidificação na ilha do Príncipe, é ainda escasso, dificultando assim a implementação de medidas de proteção e conservação para as proteger de forma a responder às suas reais necessidades.

 
 

Principais atividades desenvolvidas:

  • Monitorização para recolha e proteção da espécies através de patrulhas de praia noturnas, patrulhas marítimas diurnas e de pontos focais membros e residentes das comunidades costeiras locais, assegurando a presença em pelo menos 75% das praias de nidificação e águas circundantes, cerca de 36 praias monitorizadas ao redor da ilha pelas equipas locais.

  • Criação de capacidades e formação intensiva a todos integrantes do projeto anualmente.

  • Sensibilização através de diversas atividades coordenadas e implementadas pela nossa equipa, como a Campanha Captura Zero, a Inauguração do Museu Kaxí Tetuga.

  • Gestão do Fundo Comunitário através da receita recolhida pela observação de tartarugas marinhas, que beneficia diretamente as comunidades locais que exercem boas práticas ambientais pela Competição Comunitária entre outras atividades.

  • Comunicação e partilha de mensagens pelas comunidades locais através de cartazes e painéis pintados em muros com mensagens de proteção e conservação as tartarugas marinhas.

  • Desenvolvimento e suporte ao grupo de Artesãs do Príncipe Facilita fora Umuen, para fortalecer as capacidades em empreendedorismo e gestão de negócio na produção de jóias elaboradas com chinelos vindo do mar.

  • Ampliação da rede de parceiros nacionais e internacionais, principalmente com foco na comunidade científica e participação anual em publicações em nível nacional.

 
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