A Cooperativa de Valorização dos Resíduos (CVR) teve o seu início em 2016 e é constituída por mulheres da Ilha do Príncipe cujo objetivo é gerar rendimento através da valorização dos resíduos da Ilha do Príncipe. Numa parceria com a Reserva da Biosfera de Songor, no Gana, o grupo começou a valorização das garrafas de vidro em jóias e, numa parceria com o Governo Regional, a valorização dos resíduos orgânicos em composto.

Hoje, a CVR é um dos pontos turísticos mais visitados na Ilha e os turistas podem adquirir jóias únicas feitas pelas mulheres do Príncipe com a reciclagem das garrafas de vidro.

Em paralelo, os agricultores da Ilha podem adquirir composto orgânico e de qualidade, resultado da valorização dos resíduos orgânicos. Com este projeto, 10 famílias do Príncipe têm o seu rendimento garantido por alternativas de renda que reduzem a pressão nos recursos naturais.

 

Contexto:

Em 2016 um grupo de 10 mulheres da comunidade de Porto Real consultou a Fundação pois queriam fazer um negócio que fosse bom para a Biosfera. Sendo uma comunidade localizada na zona tampão do Parque Natural, e tendo estas mulheres um impacto considerável na utilização dos recursos naturais do parque (recolha de búzios da terra e de brita para construção), a Fundação decidiu apoiar o desenvolvimento de alternativas de renda para este grupo que tivessem um impacto positivo na conservação da natureza, não esquecendo que trabalhar com mulheres é também apostar na melhoria das condições de vida das crianças, pois são as mulheres as principais responsáveis pela sua subsistência, educação e saúde. 

A ideia de começar a produzir jóias com as garrafas de vidro e composto com os resíduos orgânicos começou a ganhar forma. Foram ao Gana receber formação e, um ano mais tarde, um grupo do Gana veio ao Príncipe. Em paralelo, a Cooperativa recebeu formação em transformação de resíduos orgânicos em composto, durante cerca de um ano. Foi feita uma parceria com o Governo Regional, que cedeu o espaço de compostagem e o edifício para a fábrica de jóias.

Em paralelo, a Cooperativa recebeu formação em transformação de resíduos orgânicos em composto, durante cerca de um ano. Foi feita uma parceria com o Governo Regional e o espaço de compostagem foi decido para a cooperativa poder produzir o seu composto. 

Em 2018 o grupo recebeu o prémio Yves Rocher Foundation e com esse financiamento foi possível adquirir uma carrinha para assegurar a recolha de resíduos pela Ilha.

Durante o ano de 2019 as jóias da CVR começaram a ser vendidas online na loja sustentável DOME Ethical Store e estão disponíveis para envio internacional e em 2020 as contas foram escolhidas pela designer Joana Duarte para a sua coleção apresentada na moda Lisboa 2020.


 
 

Principais atividades desenvolvidas:

  • Gestão do Centro de Compostagem da Ilha do Príncipe, aproveitando 80% dos resíduos produzidos na Ilha

  • Criação da fábrica de reciclagem para o processo de transformação de garrafas de vidro em jóias 

  • Apoio social nas escolas da Ilha com composto gratuíto e criação de empregos dentro da Cooperativa

  • Formação e capacitação de pessoas das comunidades locais

  • Integração de centenas de participantes nos Congressos de Educação Ambiental 

  • Vencedoras do Prémio Terre de Femmes 2018, da Fundação Yves Rocher Portugal

  • Contas utilizadas pela Designer da Béhen Studio para a sua coleção na Moda Lisboa, com publicidade na Vogue Internacional

 
 
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